quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Ginástica Artística

Popularizada no Brasil com o nome de Ginástica Olímpica, sem dúvida é uma modalidade que vem crescendo muito graças ao desempenho de meninas e meninos de ouro e à beleza que é em si mesma. O domínio motor em situações não convencionais é o chamariz, é o que desperta nossa curiosidade e admiração. Adoramos tudo o que desafia a gravidade. Há um quê de coragem e ousadia nas apresentações e competições que mexe muito conosco. A força, a flexibilidade , a agilidade, o equilíbrio são capacidades físicas que promovem um belo espetáculo e que nos leva à dimensões mais íntimas. Quem não deseja mais força? Quem não quer mais flexibilidade? E equilíbrio, quem não o quer? O corpo comunica os anseios da alma. Ele realiza em si muito das projeções que vão do imaginário ao pensamento mais comum. Nisso várias artes que têm no corpo o primeiro instrumento concordam: o pensamento e o sentimento se representam como corpo. Geralmente o descuidado com ele revela um descuidado com a mente. Oposto igual: cuidando-se da mente, acaba-se por cuidar do corpo. A ginástica artística é uma forma de arte com o corpo que tem em suas técnicas além da plasticidade o mérito de possuir um processo pedagógico maleável e de grande competência no trabalho com as habilidades motoras. Sua origem remonta a preparação militar. Foi sistematizada ao longo dos anos de modo a se bifurcar em práticas e aparelhos masculinos com ênfase na força e virilidade e em práticas e aparelhos femininos com ênfase em flexibilidade e graça. Pode ser ensinada como atividade física ou esporte. Como atividade ela adquire um caráter formativo, preparando, estimulando e educando os movimentos para competições ou não, como uma opção de lazer e recreação. Já no esporte possui um caráter de formação atlética com iniciação (escola de esporte), nível intermediário ( competições-regras adaptadas), e alto nível(regras oficiais).Ambas contribuem para o domínio motor, cognitivo e psico-afetivo-social. A ginástica artística embora seja um instrumento excelente ainda sofre alguns preconceitos por parte do público masculino e é desfigurada pelo mal preparo de seus profissionais. Isso fica claro frequentando-se as aulas práticas num curso de licenciatura em Educação Física. Os próprios professores da modalidade, ditos especialistas compartilham de algumas características que desagradam àqueles que querem aprender mais do que dar cambalhotas, desfigurando a modalidade. Citarei as mais chamativas:
1_ não cuidam da integridade física dos alunos.
2_ não enfatizam os preparatórios antes da prática.
3_ enfatizam que o aluno deve saber o processo pedagógico mesmo sem a vivência.
4_ dispersam ao assédio dos alunos.
5_ não falam sobre os mitos da modalidade.
6_ não falam sobre os primeiros socorros.
7_ não falam sobre os acidentes mais correntes.
8_ falam de seus próprios curriculuns.
9_ não possuem critérios de avaliação claros.
10_ desconhecem as teorias pertinentes, agregando apenas "a " por simpatia.
11_ não associam morfologicamente as áreas do corpo e os movimentos aprendidos.
12_ descrevem pouco as funções de cada movimento.
13_ confiam muito no material didático.
14_ não sabem demonstrar.
15_ ética duvidosa
16_ terrorismo pedagógico
Ainda é uma disciplina mal cuidada: suas vivências são amostragens. Os instrumentos e o espaço apesar do discurso não ficam disponíveis aos alunos. É uma atividade com certo grau de complexidade e periculosidade. Não há supervisores ou auxiliares na ausência do professor. Não há incentivo à prática. As aulas propagandeiam a especialização.
Ou seja , ginástica na faculdade paradoxalmente por falta de atividades anda..." fraquinha ".